Como o ano de 2010 e 2011 foram os escolhidos por vários países para realizar o censo demográfico, conforme orietação da ONU, vale a pena conhecer um pouco como é feito essa contagem e os resutados em algumas partes do mundo.
China inicia Censo da população - Foram escolhidos 6 milhões de funcionários do governo para coletar os dados.
Praia chinesa lotada: no fim de 2009, o país tinha mais de 1,33 bilhão de habitantes
Pequim - A China iniciou nesta segunda-feira o censo decenal da população, durante o qual seis milhões de funcionários do governo serão enviados às residências para reunir informações sobre a sociedade chinesa, cada vez mais urbana e mais velha.
O país de maior população do mundo tinha no fim de 2009 mais de 1,33 bilhão de habitantes.
O governo prometeu que os dados individuais do censo serão confidenciais, mas a polícia pode intervir caso alguns habitantes se recusem a participar, informou o jornal estatal China Daily.
Muitos chineses podem tentar escapar do censo em consequência de uma situação ilegal a respeito das rígidas regras de controle da população.
Mais de 200 milhões de chineses migrantes abandonaram o campo para trabalhar nas cidades, onde geralmente caem em situação irregular e viram cidadãos de segunda catetoria.
As famílias que violaram a política do filho único também representam outra fonte de erros para o censo.
Muitos casais escondem das autoridades a existência de um segundo, ou até mesmo terceiro, filho. As famílias temem o rigor das autoridades.
O censo de 2010, que deve durar um mês e terá os resultados publicados em 2011, permitirá obter estatísticas valiosas sobre questões sociais cruciais para a China, como o êxodo do campo para as cidades.
Exame.com
Censo na Argentina
Lá na Argentina, 27 de Outubro de 2010 é feriado nacional. Esse é o dia do censo, quando toda a população é recenseada ao mesmo tempo. Ninguém pode sair de casa Escolas, restaurantes, cinema, teatro, bancos, permanecem fechados. Apenas serviços emergenciais ficam disponíveis para a população.
No dia do Censo, cerca de 600 mil recenseadores percorrem todos os domicílios do país desde as 8h da manhã. O objetivo é recensear todas as pesoas que passarem a noite de 26 para 27 de outubro no domicílio, independente se moram ou não nesse local. Aqueles que estão de plantão em hospitais ou outro local considerado serviço emergencial têm que se dirigir à escola mais próxima para serem recenseados.
O último censo na Argentina, ocorrido em 2001, contou 36.260.130 habitantes e 10.075.814 domicílios.
Albânia em 2011
O Censo na Albânia vai ocorrer em 2011, tendo início em abril. Assim informou o ministro de Inovações, Tecnologia de Informação e Comunicações do país, Genc Pollo. Após inpumeras discussões, ficou acertado que a melhor data para início da coleta por lá será no dia 2 de abril. Com base nos censos anteriores, a expectativa é de terminar a colea em três semanas, sendo duas semanas para áreas urbanas e uma para a área rural.
A Albânia tem 3.194.972 habitantes, sendo 1.605.657 homens e 1.589.315 mulheres.
Nos Estados Unidos - Novo censo revela país menos rico e mais polarizado.
Na década de 1990, a fulgurante riqueza dos Estados Unidos contrastava com uma Europa estagnada, uma América Latina incapaz de superar suas crises e uma Ásia emergente, mas ainda muito débil no cenário internacional. Muitas análises viam como inevitável um "novo século americano" - ou seja, a extensão duradoura da hegemonia internacional de Washington.
Por Antônio Martins, no Outras Palavras

Quanta coisa mudou, em pouco tempo. Além de enfrentarem claras dificuldades para pautar a agenda global, os EUA são afetados por dores internas crescentes, segundo revelam os primeiros dados do censo populacional de 2010, comentados na edição desta semana da revista Economist. A população está mais pobre, as desigualdades avançam e a polarização social e política tende a dificultar a solução de questões nacionais relevantes.
Segundo os dados preliminares do recenseamento, a renda média das famílias caiu expressivos 7%, entre 2000 e 2009. Além disso, a queda foi desuniforme, afligindo mais intensamente as antigas regiões industriais. No Estado de Michigan, que já foi a meca da indústria automobilística, ela declinou 21,3%; em Indiana, Ohio e Carolina do Norte, entre 13% e 15%. Em cinco Estados a renda média cresceu (Wyoming, Dakota do Norte, Maryland, Louisiana e Alaska). Em quatro deles, o avanço deveu-se ao aumento das cotações de matérias-primas, um fenômeno que pode ser passageiro.
A população ainda é relativamente jovem, se comparada com outras nações ricas, mas está havendo polarização também quanto à faixa etária. Os Estados do Nordeste e do Meio-Oeste -os mais prósperos até há algumas décadas- estão encolhendo populacionalmente, e envelhecendo com rapidez. Um número expressivo de famílias jovens migra rumo ao Oeste, em busca de mais empregos e preços mais baixos (especialmente de imóveis).
O censo revela a força da imigração. O número de residentes nascidos em outros países cresceu 24%, na década. Etnicamente, os hispânicos (aqui incluídos os nascidos nos EUA) já são 21% da população com menos de 25 anos (são apenas 7%, entre os maiores de 65). Em alguns Estados, a população hispânica jovem é quase majoritária. No Arizona, chega a 42%. Mas em muitas partes, a sociedade não tem sido capaz de lidar com tal diversidade: o próprio Arizona adotou, este ano, leis anti-imigrantes claramente racistas, que despertaram protestos internacionais e estão sendo questionadas pelo governo central.
Há alguns anos, os sinais de diferenciação entre a sociedade já haviam sido estudados pelo jornalista Bill Bishop. Em uma série de reportagens depois transformadas em livro (The Big Sort, algo como A grande segmentação), ele revelou que, embora vivam num país extremamente diverso, os norte-americanos tendem a formar comunidades cada vez mais homogêneas entre si - porém muito distintas e pouco abertas umas às outras. Resenhas e parte do livro estão disponíveis na internet (em inglês).
Bishop revela que tal segmentação envolve tanto estilos de vida quanto escolhas políticas. Nas eleições presidenciais de 1972, apenas 28% dos norte-americanos viviam em condados onde a diferença de votos entre os candidatos democrata e republicano foi superior a 20 pontos percentuais. Em 2008, 48% dos eleitores já estavam em localidades com tal grau de polarização.
Esta tendência irá se refletir no Congresso recém-eleito, que toma posse em janeiro. Segundo um estudo do cientista política Keith Poole, da Universidade da Califórnia, sua composição será a mais polarizada desde 1865, quando terminou a Guerra de Secessão. Entre os republicanos, é marcante a influência do movimento ultraconservador Tea Party. Na bancada democrata tem peso inédito a ala mais à esquerda.
The Economist lamenta: os EUA estão diante de problemas graves. "Divergências crescentes não vão tornar nada fácil chegar a acordos sobre como resolvê-los", diz a revista.
FONTE: ADITAL.